segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Um gole sobrevoando o abismo

I

Hortelã na linguagem
Um gole sobrevoando o abismo da deturpação espiritual que separa o corpo da carne.

Isolamento de imagem
Um pedido para ser invisível no abismo da deturpação espiritual que separa a carne da pele.

Rendição de passagem
Um bonde do futuro a percorrer trilhos que descarrilham meus pensamentos em nome da sensação que separa a pele do arrepio.

Paisagismo em triagem
Um quadro vivo pinta com tintas sujas manequins obesos. E com dor contorna a deturpação espiritual que separa o arrepio da sensação; a linguagem do paladar; a unha da carne; o corpo da pele; a sensação do grito. E o sentido disso tudo.

II

Quatro estrofes, quatro cantos do mundo. Cantos desafinados. No desalinho do pensamento. Vozes me dizem que.
Temos 5 sentidos e não encontrei 1.
Mas Norte, Sul, Leste e Oeste são quatro. Multiplicados por + quatro, cada um em ângulos retos que dão círculo. Girando um nada-mais-importa que dá alguma "poéticagem" indizível no divisível do momento qualquer em solitude que bebe em taça algum chá com choro segurado dando nesse nada bonito. Nada que já não tenhamos visto por aí.Mais lindo se ininteligível em discurso cênico. Nonde plateia é atores especialistas na arte de aplaudir quando acabar...






E fim.

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