Um cara sem pernas percorre o trem numa prancha de rolemã. Uma mão empurra, a outra chacoalha as moedas numa caneca: Ele vende piedade.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
I
Por onde andar
o primeiro andar
sem escadas
sem escalas
de notas
que percorro
explodo
na delicadeza muda
além do que se vê
II
Eu já disse
o que não pensei
em dizer
Fazendo café
levemente adocicado
Encanto te espero
chegar na sacada
com milhões de pombos
com cordas nos pés
Guardando bizarrices
na sala do quarto em tapetes
de pedaçoes de cetim
na mala
das individualidades
que dividem cama
e chama:
a compreensão verdadeira do amor
Fazendo
do costume novidade deliciosa
de se respirar
Por onde andar
o primeiro andar
sem escadas
sem escalas
de notas
que percorro
explodo
na delicadeza muda
além do que se vê
II
Eu já disse
o que não pensei
em dizer
Fazendo café
levemente adocicado
Encanto te espero
chegar na sacada
com milhões de pombos
com cordas nos pés
Guardando bizarrices
na sala do quarto em tapetes
de pedaçoes de cetim
na mala
das individualidades
que dividem cama
e chama:
a compreensão verdadeira do amor
Fazendo
do costume novidade deliciosa
de se respirar
sábado, 28 de janeiro de 2012
Crohn
Fumando maconha enrolada
no apocalipse
num
dia de sol em copo d'água...
Desejo de rios, árvores e montanhas
estampadas
num quadro não pintado
que canta
sorvete com cerveja
num domingo de sangue
em blues
Bebendo, castamente,
libido líquida
com o pensamento
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Novelos de Cetim
E aquela promessa
que fizemos de
não dormirmos
sem nos resolver
Hoje foi soma que
se desmancha
que nem
fita de laço
em cima do
presente
(rodeado de
passados que
não nos deixam em
paz no que é
maior que tudo,)
tudo
que fizemos de
não dormirmos
sem nos resolver
Hoje foi soma que
se desmancha
que nem
fita de laço
em cima do
presente
(rodeado de
passados que
não nos deixam em
paz no que é
maior que tudo,)
tudo
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
TURGIDUS
Osmose reversa de lágrimas
lavando desejos impermeáveis
Alma tangível por pele,
por tela,
que revela teu belo sexo
me chamando em francês sussurrado,
agramático,
tocado na rádio que sintoniza o vento
que passa
lento pela fresta
da greta
do meu tesão.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
QUILOGRANA
Carne vermelha tem gosto de morte
Como
Preguiça tem gosto de sono
em meio à desordem
em meio à desordem
que desce na pele descida
Decidida na bolsa de valores
O meu vale um chá inglês
colhido por mãos malaias
cheias de sol e cicatriz
e um suicídio coletivo na fábrica de xbox.
BROWN BLOOD
The family is a meat
full of worms
I'm a "life striker"
to survive
Gastritis on the heart
clashes and no love
No nothing on the rest
Longing about
that don't happen
An oasis
or heaven
sábado, 14 de janeiro de 2012
Branco
Promessas dum prassempre
Noivas
que se casam
de branco sem serem virgens
Sorvete de ideias quentes
chovendo a sorte
em céu de boca nublada
dizendo amor
num beijo
num beijo
Bolhas no pé de
tanto andar por entrelinhas tortas
namorando o destino flertado
namorando o destino flertado
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