terça-feira, 10 de julho de 2012

MEU AMOR,


São Paulo é assim:


Tu tampas os olhos das narinas
E fechas a alma sob a chuva seca
de trióxido de carbono
E então tua alma perambula
Permeando a grama de asfalto sujo
Nonde a grana é sugada 
Pelos olhos sem membrana
que borbulham rasgados
em cacos de passos
perdidos na espera
corrida e distante
sempre tão perto de tudo
Sacada de Estrelas


O nuance dos traços do teu corpo
gostosamente inerte se dissolvendo
na fumaça do cigarro estrelado
sorvido em goles de vinho
e em goles de...
Teu frio escorrendo no teu suor
Transpirado
Transfigurado em carícias e desejo
na tua saliva
dizendo meu nome tão nosso ...