sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sêmen te.

Mais um filho inexistente dói no útero da puta que me pariu. Dor que desconheço... E que, confesso, às vezes tento compreender melhor, além das teorias...Mas minha empatia não alcança.

Mais um filho me faz ter o coração abalado. Me faz ter os olhos ardidos mesmo em noites sem sol.

É o aborto que nunca entendi o porquê de não ter sido feito em mim... O mesmo aborto não feito pela mãe de Beethoven.

Que jamais entenderei. E que sempre me faz chorar para dentro desse eu-Primavera que jamais será um eu-Outono.

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