terça-feira, 29 de junho de 2010

"Teardrop on the fire of a confession"

Tudo o que passa por nós se torna inexistente justamente porque tudo o que não seja presente: não existe.

São os sentimentos que nos fazem pontos de ligação. A ligação desses pontos são fios invisíveis que chamamos de 'vínculo' (alguns chamam de 'amor' dentre outras nomenclaturas que designam sentimentos).
Um fio quando rijo está mais propenso a arrebentar-se (mas é esticada que a corda faz a música). Da mesma forma, os vários fios, quando frouxos, estão mais propensos ao emaranhado (alguns dizem 'ao abismo').

E os laços tornam vínculos. Quando nos tratamos de corda, a forma mais perfeita de se fazer um laço é : forca.

A propensão de um emaranhado ocorrer é maior quando os fios estão soltos.

Eu consegui fazer emaranhado com os fios presos ...
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"Noite de cinzas". Meia noite e cinquenta.
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Um comentário:

  1. DIGRESSÃO* - Se o que não é Presente escapa à existência, o que somos quando somos ainda o que fomos? (o não-ser?).

    É possível determinar até onde vai a resistência de um vínculo? O que se rompe primeiro, a forca ou o pescoço que se enforca?

    Se por um lado uma corda esticada até o limite faz a música, por outro lado uma corda distendida em demasia produz o rompimento. Será se somos capazes de ainda extrair notas de uma corda rompida? - por muito tempo eu pensei que não. Só não suspeitava em teoria(até hoje)que se pudesse arrancar som de uma corda partida, ainda que seja uma arranhadura melancólica e grave.

    Que notas produzem os presos fios emaranhados?

    *Reflexões regadas de bons vinhos degutianos com um leve toque da Lavoura mais Arcaica.

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